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Campanha salarial 2022: 3ª rodada de negociação sem avanços

A Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação (CEBNN/Contec) esteve reunida nesta quarta-feira (6) com os negociadores da Fenaban para prosseguir com os debates da Pauta de Reivindicações da categoria. Na pauta, a análise das cláusulas: 14 – DIMENSIONAMENTO DO QUADRO DE FUNCIONÁRIOS POR UNIDADE; 15 – PROIBIÇÃO DA GUARDA DAS CHAVES E ACIONADORES DE ALARMES; 16 – CERTIFICAÇÃO INTERNA DE CONHECIMENTO; e 17 – MONITORAMENTO DE RESULTADOS.

O presidente da CONTEC, Lourenço Prado, destacou o descontentamento dos trabalhadores com a falta de reconhecimento pelo desempenho laboral, principalmente com a resistência dos bancos em não acatar a inclusão da cláusula 16. “A concorrência do mercado é grande, a tecnologia nos vulnerabiliza muitas oportunidades. É um problema grave, mas não podemos bater de frente com a realidade que acontece no mundo e no Brasil. Em nome do bom senso, da justiça pedimos que a Fenaban reavalie sua posição em relação à cláusula 16, pois entendemos ser muito importante para os trabalhadores”, solicitou durante a reunião.

DEMISSÕES E LUCROS DOS BANCOS
Já o presidente da Federação  do Paraná (Feeb-PR), Gladir Basso, discorreu sobre as demissões no setor financeiro nacional, e o alto lucro dos bancos. “Desde 2013 houve uma redução de 77 mil postos de trabalho na categoria bancária, como consequência, entre outras coisas, da introdução de novas tecnologias, fechamento das agências bancárias e mudança das exigências no perfil dos trabalhadores e das agências”, citou Gladir. Ele disse que os bancos alegam que as mudanças ocorreram em função do aumento da concorrência, mas entre 2013 e 2021, mesmo com o surgimento de novos concorrentes, os bancos não perderam participação de mercado, ao contrário, houve aumento de 86% para 87% na participação nas operações de crédito. As instituições não bancárias de crédito (onde estão algumas fintechs) saíram de 0,7% para 0,9% de participação, ou seja, um aumento irrelevante. Mesmo as cooperativas com todo crescimento que tiveram saíram de 2% de participação no crédito para 6%.

Em relação ao lucro dos bancos, Gladir Basso afirmou que essas instituições dobram seu patrimônio a cada cinco anos. “Nos últimos 10 anos, o lucro dos bancos cresceu 15% acima da inflação. Em 2021, os cinco maiores bancos do país (Caixa, BB, Itaú, Bradesco e Santander) lucraram R$ 107,7 bilhões, 34,1% maior do que no ano anterior. No primeiro trimestre de 2022, o montante somou R$ 27,6 bilhões, 17,5% maior do que no mesmo período do ano passado”, enumerou Gladir.

METAS ABUSIVAS
O presidente da Feeb-PR também criticou outro problema existente e que preocupa no setor financeiro: as metas abusivas e inalcançáveis, “fazendo com que muitos  bancários, não suportando a pressão, acabam pedindo demissão”. Gladir citou ainda que, sobre essas metas abusivas, “no caso do Santander, esse banco altera unilateralmente as metas no final do mês, prejudicando os funcionários”.

 

NOVA NEGOCIAÇÃO 

Sem consenso, os quatro temas seguem em debate na mesa de negociação. A próxima reunião da CEBNN/Contec e a Fenaban, com a presença do nosso Sindicato,  acontece no dia 22/7 (sexta-feira).

A CEBNN/Contec alerta a categoria para a mobilização e união nas bases. O desenrolar desta campanha salarial enfrenta momentos de dificuldade com a resistência dos patrões em não avançar com as negociações. (Fonte:  Contec – Feeb/PR)

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