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Momento é de resistência contra tentativa patronal de impor retrocessos

 

Bancos estão bem articulados com seus lobbies nos Governo e no Congresso

 

A história da luta dos trabalhadores é marcada por avanços e retrocessos. Há períodos em que somam-se anos, décadas de conquistas, de fortalecimento do movimento trabalhista, de ampliação de direitos.

Há outros em que os patrões se reorganizam, se articulam, ganham espaço e impõem sua agenda de retrocessos, buscando suprimir direitos, calar os movimentos legítimos da sociedade, deslegitimar os sindicatos e outras organizações de defesa dos trabalhadores.

Não há dúvida alguma que vivemos esse momento pró-patronal em nosso país. É lógico que isso não começou agora, mas está cada vez mais ganhando força, apoios, espaço na sociedade.

Prova disso foi a grande derrota para todos os trabalhadores com a aprovação ainda no Governo Temer da Lei da Terceirização, depois a Reforma Trabalhista, ascensão de movimentos como MBL (Movimento Brasil Livre), ampliação de bancadas conservadores, como dos evangélicos, ruralistas e da “bala” no Congresso Nacional.

 

E NO SETOR BANCÁRIO?

No setor bancário já está visível a ação articulada de alguns bancos, aproveitando o atual cenário favorável ao patronato.

Quando o banco Santander tenta forçar a barra, passando por cima da CLT e do Acordo Coletivo de Trabalho, do qual ele próprio é signatário, é sinal de que está testando exatamente o poder de reação, tanto do movimento sindical, quanto da união dos próprios trabalhadores, além de órgãos que deveriam fiscalizá-lo, como Ministério do Trabalho e Ministério Público do Trabalho.

Em outra frente, o banco Itaú, mesmo aumentando número de clientes e lucros estratosféricos, anuncia o fechamento de 400 agências em todo o país. Além disso, implanta projeto de agências digitais. Tudo isso, sem qualquer preocupação com desemprego ou mesmo com a qualidade do atendimento de seus clientes.

Os bancos públicos também se movimentam. A Caixa, por exemplo, parte para mais um Programa de Demissão Voluntária. Mesmo com agências lotadas, falta de funcionários, está promovendo desligamentos.

Além destes, há inúmeros outros sinais emitidos pelos bancos, inclusive por meio da pressão e ampliação do lobby junto ao Governo Federal e no Congresso Nacional. Tanto que está tramitando na Casa uma proposta de lei ampliando o atendimento bancário também para os sábados, além de inúmeros outros projetos prejudicais aos trabalhadores que aguardam oportunidade para ir a votação.

 

E QUAL A SAÍDA? FORTALECER OS SINDICATOS!

Do lado de cá da trincheira, nossa alternativa é fortalecer o movimento sindical, único instrumento legal capaz de conter os retrocessos que tentam nos impor a classe patronal.

Se no passado obtivemos incontáveis vitórias, foi graças à demonstração de união, de garra, de força de todos os trabalhadores bancários, juntamente com os seus representantes legais.

Não podemos aceitar o discurso patronal, que tenta deslegitimar o movimento sindical, enfraquecê-lo junto a sua categoria, minar fontes de financiamento, como o imposto sindical, além de travar a batalha da comunicação, na tentativa de levar o trabalhador a pensar que tem mais vantagem negociando diretamente com o patrão ou deixando de pagar sua contribuição sindical.

 

Não se enganem, caros bancários, estamos sim vivendo um momento ímpar, em que nunca os patrões estiveram tão bem organizados e articulados. No entanto, temos todas as condições de oferecer a resistência necessária para conter esses retrocessos. Para isso, precisamos contar com o apoio, a garra, a união de todos os bancários.

O momento é de resistência e união!

 

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