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MOVIMENTO SINDICAL SUSPENDE MP 905; NEGOCIAÇÃO SERÁ RETOMADA DIA 26

O movimento sindical bancário se reuniu, nesta quinta-feira, 14, com representantes dos bancos, no Rio de Janeiro. Em pauta, a Medida Provisório 905/2019, editada pelo Governo Federal na segunda-feira, 11. Os bancos queriam implantar imediatamente a jornada de trabalho de oito horas diárias, mas os representantes dos trabalhadores conseguiram segurar as mudanças, até que seja concluída a negociação. Nova rodada será realizada no próximo dia 26/11.

Os representantes dos trabalhadores deixaram claro o repúdio às medidas, como o aumento jornada de trabalho. Tampouco serão aceitas as alterações estipuladas pela MP que permitem a negociação da PLR sem a participação das entidades sindicais e que desrespeitem os pisos salariais da categoria, definidos na CCT.

Os bancos, por sua vez, informaram que estavam estudando a implantação imediata das mudanças previstas na MP, mas se comprometeram segurar as alterações e estudar a proposta dos sindicatos.

A ideia é construir um aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho, válido até dezembro de 2020, que garanta todos os direitos da categoria e neutraliza a MP em todos os pontos que atingem os bancários.

SINDICATOS EM AÇÃO

“Desde a segunda-feira, quando tomamos conhecimento desta medida, iniciamos o contato com demais sindicatos, nossa Federação, Confederação e centrais sindicais em busca de encaminhamentos que pudessem neutralizar os efeitos da MP sobre os bancários”, aponta o presidente do Sindicato, Claudecir de Souza.

“Conseguimos abrir este diálogo com a Fenaban, as centrais realizaram um ato no centro de São Paulo e estamos prontos para o embate. E isso deixamos claro na mesa de negociação. Temos um acordo coletivo, negociado, construído, aprovado em mesa de negociação e chancelado pela categoria em assembleia. Não podemos aceitar que uma MP enfiada goela abaixo simplesmente suplante esses direitos”, acrescenta Claudecir de Souza.

Além da negociação com os bancos, outra movimentação do movimento sindical nacional é junto aos parlamentares em Brasília e em suas bases. “Como essa MP terá de ser submetida ao Congresso Nacional em até 45 dias, iniciamos o diálogo com os deputados e senadores, demonstrando o posicionamento da categoria bancária e a inconstitucionalidade desta MP que passa por cima de um acordo coletivo. A própria reforma trabalhista trouxe a validade do negociado sobre o legislado”, frisa o presidente.

“Queremos deixar os bancários cientes de que esta é apenas mais uma das inúmeras batalhas que enfrentamos e continuaremos enfrentando. Temos aí um Governo Federal alinhado aos interesses patronais, um Congresso totalmente submisso aos interesses do capital. Não podemos esperar outra coisa senão a tentativa diuturna de se acabar com direitos”, finaliza.

 

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